sábado, 6 de junho de 2009

HOME - Cabe-nos a nós escrever o futuro. JUNTOS

O filme HOME - O mundo é a nossa casa, de Yann Arthus-Bertrand, é um espectáculo para os nossos olhos! As imagens mais belas do nosso planeta, quais belos quadros em movimento. As imagens da natureza, de diversas civilizações de vários pontos do planeta, da tecnologia, sempre com uma qualidade e beleza excepcionais.
Mas o filme não é só um espectáculo de beleza imperdível, é também uma chamada de atenção para o que nós, homo sapiens, estamos a fazer à nossa casa. Alterámos mais o nosso planeta nos últimos 50 anos do que nos 200 mil anos de existência anteriores. Quebrámos o equilíbrio essencial à vida na Terra.

Estes dados retirados do filme mostram, só por si, que a nossa casa está muito mal gerida:
  1. 20% da população do mundo consome 80% dos seus recursos
  2. O mundo gasta 12 vezes mais em armas do que a ajudar os países em desenvolvimento
  3. Morrem 5000 pessoas por dia devido à poluição da água que bebem
  4. 1000 milhões de pessoas não têm acesso a água potável
  5. Perto de 1000 milhões de pessoas debatem-se com a fome
  6. Mais de 50% dos cereais comercializados no mundo são usados em rações para animais ou para produção de biocombustíveis
  7. 40% da terra arável está degradada
  8. Cada ano desaparecem 13 milhões de hectares de floresta
  9. Um em cada 4 mamíferos, uma em cada 8 aves e um em cada 3 anfíbios estão ameaçados de extinção
  10. As espécies estão a morrer a um ritmo 1000 vezes superior ao ritmo natural
  11. Três quartos das zonas de pesca estão esgotadas ou em perigoso declínio
  12. A temperatura média dos últimos 15 anos foi a mais alta de que há registo
  13. A calota de gelo está 40% mais fina do que há 40 anos
  14. Em 2050 poderá haver mais de 200 milhões de refugiados devido ao clima
Há que pensar nestes factos, há que interiorizar que temos que mudar de rumo, mas não há muito tempo para isso. Há, sobretudo, que passar à acção, o tempo escasseia. Há que contagiar todos a seguir os bons exemplos, criar ou juntar-se a associações, exigir o bom exemplo dos nossos autarcas e governantes.

O filme termina com uma mensagem de esperança, apresentando boas práticas por esse mundo fora que estão a contribuir para uma maior sustentabilidade.

"Nós sabemos que actualmente existem as soluções. Todos temos o poder para mudar. De que estamos à espera? Cabe-nos a nós escrever o que vem a seguir. JUNTOS."



(filme incorporado em 11/11/2015)

4 comentários:

  1. A verdade tem de ser dita. Não ajudam África, onde se encontram a maioria dos Países pobres, pois ficariam sem clientela para o armamento, tirando claro, o Médio Oriente. Enquanto houver fome e desigualdade há conflito, enquanto há conflito, vendem-se armas!
    Nem pensar que os EUA, a Europa ou a Federação Russa, estejam a tentar reduzir os conflitos, bem pelo contrário, irão chegar aos ditos Países desenvolvidos, antes de se ter tempo de "acordar", para esta ameaça, que nos é nova. Já o Prof. Fernando Nobre disse o mesmo.

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  2. O filme visualmente é um prodígio, mostrando mesmo coisas que mais nos parecem noutro universo.

    É um sinal de alerta, embora tenhamos de reconhecer nem sempre a narrativa consiga prender a atenção. Aqui e ali descamba para a lágrima quase fácil, passe a expressão.

    Mesmo assim, é um excelente documentário.
    Penso que devia ser proposto que fosse distribuído de forma gratuita em todas as escolas deste País.

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  3. Ferreira Pinto, essa idéia é excelente!

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  4. O filme é de facto belo. E actual.
    Só foi pena as soluções apresentadas serem apenas do foro tecnológico - foram demasiado politicamente correctos. A solução de peso devia ser política e apostar na redistribuição da riqueza de uma forma mais justa.
    Mas o filme alerta bem para o que se passa na terra, e se TODOS formos fazendo a parte que nos é possível, pode ser que os políticos se envergonhem e façam a sua parte também.

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