terça-feira, 21 de dezembro de 2010

CONCURSO - Melhorar o mundo na escola - 2 - por Elisabeth Oliveira


Antes de tudo para poder formar os alunos a sustentabilidade existe a responsabilidade familiar mais também escolar e civil. A minha sugestão não é nova em vários países e acaba por trazer os seus lados positivos. A principal diferença que notei quando cheguei a Portugal com a minha filha há 7 anos é que não havia ninguém responsável pelo recreio: as professoras têm o direito a beber café e descansar um pouco, as auxiliares estão atarefadas a limpar, esfregar ou ralhar com as crianças. Não existe nenhuma pessoa adulta que só tenha a tarefa, não só de vigiar o recreio (bullying) mas também de se tornar amigos deles e incutir regras de respeito pelas pessoas, planeta sem julgar, nem humilhar a criança mas sim explicando. Em França esse papel é assumido por estudantes que reprovaram ou que estão na faculdade e têm muito tempo livre. Mas atenção, tem de haver um contrato para a pessoa saber até onde pode ir: se pode castigar (sem um pai lhe vir encher a cabeça), que tipo de castigo, se pode escrever recados na caderneta, se pode levar a criança ao director se a asneira for grande etc... Não é como nas juntas de freguesia onde chamam os "POCS" porque são baratos mas são largados na escola sem nenhuma formação nem pedagogia. Acho que o que falta verdadeiramente é um trabalho de vigilante amigo e pedagogo durante o recreio... Eles aprendem sem se aperceber e são controlados.
Elisabeth Oliveira
Pombal