segunda-feira, 4 de maio de 2015

Pela liberdade de não comer carne

A liberdade verdadeiramente só existe quando dois fatores essenciais se conjugam: estar informado (com a verdade) e existirem opções de escolha.  Hoje em dia, o maior entrave à informação com verdade vem precisamente de quem deveria ter a responsabilidade de informar: os meios de comunicação de massas. Não só pela falta de informação em assuntos importantes, mas sobretudo pela lavagem cerebral feita pela publicidade.  

Ou seja, a liberdade de expressão das grandes empresas e das marcas para se venderem reduz a nossa liberdade de estarmos informados, porque nos manipulam. Se o permitirmos. Pois quem estiver interessado em informar-se, ainda o consegue. Na internet, tal é possível, mas com esforço para "separar o trigo do joio", já que muito é o lixo e manipulação que por aí também existe.

Quanto às opções disponíveis, venho hoje lembrar que as opções de alimentação vegetariana, além de mais saudáveis (desde que equilibradas), e de ambientalmente mais justas, são um direito de todos.  Sim, de todos! Porque todos aqueles que não são vegetarianos têm também o direito de fazer refeições vegetarianas!  
Por isso, em nome da liberdade, da saúde e do ambiente, peço a todos os portugueses que lerem esta mensagem , para assinarem esta petição:



«Para: Presidente da Assembleia da República, Presidente da República

Estamos no ano de 2015 e são muitos os portugueses que, por opção ou necessidade, motivados por aspectos éticos, ecológicos ou de saúde, seguem regimes de alimentação que diferem da norma, nomeadamente uma alimentação ovo-lacto-vegetariana ou estritamente vegetal (vegetariana).

De acordo com um estudo realizado pela empresa Nielsen, promovido pelo Centro Vegetariano, em 2007 eram 30.000 os portugueses que tinham adoptado uma dieta vegetariana, e pelo menos 5% da população portuguesa excluía um dos alimentos tradicionais (carne, peixe, laticínios, ovos) do seu regime de alimentação.

Supõe-se que este número tenha crescido amplamente, baseando-se esta previsão no crescimento da oferta de produtos vegetarianos no mercado alimentar português, sobretudo nas grandes superfícies comerciais, tal como é constatável presentemente.

A adopção de um regime alimentar vegetariano espelha a liberdade de escolha de cada indivíduo, tal como é abertamente declarada e defendida na Constituição Portuguesa, por acordo com os princípios democráticos.

Contudo, o governo português não antecipa os diferentes regimes alimentares dos portugueses, nem tampouco promove a diversidade de opções alimentares em cantinas escolares e universitárias, ou em hospitais, para ir ao encontro das necessidades de milhares de portugueses que se vêem frustrados face à manifesta escassez actual de opções vegetarianas.

Perante esta falha democrática, urge-se que sejam legisladas novas medidas políticas que assegurem a diversidade de regimes alimentares nas cantinas portuguesas, através da implementação mandatória de uma opção vegetariana em todas as principais instituições de ensino portuguesas, seja a creche ou jardim de infância, ensinos públicos básico e secundário, e ensino universitário, assim como em todos os hospitais nacionais.»

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