Satish Kumar fala sobre uma nova história para a humanidade, em termos de espiritualidade, consciência, natureza, educação, política, negócios e economia.
Este pequeno vídeo (abaixo) foi extraído de uma entrevista que ocorreu na Escócia, em outubro 2014, na Findhorn's New Story Summit, que pode (e merece) ser vista completa aqui(Satish Kumar foi entrevistado por Rob Garrity e filmado por Rhonda Fabian).
«Se queremos fazer algo sobre a situação do mundo, cada um de nós precisa de olhar para dentro, pois só quando alterarmos a nossa consciência para uma consciência de amor, confiança e do sentido de que tudo está inteligado, é que a consciência do mundo mudará.»
Hoje, dia 26/12/2016, às 21h45 na RTP1, não perca o documentário AMANHÃ("Demain", 2015, França), um filme que nos mostra a Transição para um futuro possível.
São apresentadas muitas iniciativas pelo mundo fora, que, aos poucos, estão a fazer a transição de locais e comunidades para a sustentabilidade e resiliência. Com uma bela banda sonora, o filme conta histórias reais de transformações nas áreas da Agricultura, Energia, Economia, Democracia e Educação (mais aqui e aqui)
Porque que os seres humanos são o produto da cultura em que estão inseridos desde que nasceram... Sim, a genética e o pensamento independente também estão lá no íntimo... Mas a cultura abafa-os (quase) totalmente... É preciso libertarmo-nos do ódio e do medo...
Abaixo, um vídeo para pensar, com os votos de um feliz Natal
"A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas. A necessidade da imaginação, o sentido da verdade e o sentimento da responsabilidade - estas três forças são o cerne da educação. "
«A Pedagogia Waldorf é baseada nos princípios da Antroposofia de Rudolf Steiner.
Steiner fundou a primeira escola em 1919, Estugarda, Alemanha, para educar os filhos dos trabalhadores da fábrica de cigarros Waldorf Astoria (daí o nome!).
Todas as crianças, independentemente do seu estatuto social ou talento, recebiam a mesma instrução, o que fez da escola uma pioneira em justiça social na educação.
O objetivo da Pedagogia Waldorf é desenvolver indivíduos livres mas moralmente responsáveis, dotados de elevada competência social e capacidades criativas. Conhecimento dos factos, trabalhos de casa e testes tem menos importância. Narração de histórias e experimentação são os principais métodos de instrução.
Ao longo dos 12 anos do curriculo, os alunos aprendem matemática, literatura, história e ciências, assim como uma grande variedade de artes e habilidades manuais. Os estudantes do ensino básico pintam, tricotam, tecem, e esculpem em cera, os mais velhos fazem padrões, livros, cerâmica e escultura em pedra. Todos aprendem música. Começam pela flauta, depois uns tocam instrumentos de corda, outros juntam-se ao coro.
Os estudantes brincam com jogos não competitivos e aprendem a dançar euritmia. Fazem agricultura biológica e aprendem duas línguas estrangeiras que, nos primeiros anos, são ensinadas através de canções, histórias e conversação. No 8º e 12º ano, toda a turma desenvolve uma peça clássica, que apresentam para a família e amigos.
A Pedagogia Waldorf utiliza a mesma abordagem para quase todos os principais temas académicos. Em vez de programas repetitivos, um tema específico, como História, Matemática, Ciência ou mesmo Jardinagem, dominam as primeiras 2 horas da manhã num período de 4 a 6 semanas. Depois disso, um novo tema será o foco principal.
Steiner também inventou uma abordagem experimental para as ciências em que os estudantes observam e mais tarde descrevem os conceitos científicos pelas suas próprias palavras e desenhos em vez de os aprenderem primeiro no manual escolar.
As escolas Waldorf consideram os computadores úteis apenas a partir da adolescência, depois de dominarem as formas tradicionais fundamentais de descobrir a informação e aprender.
No espírito de desenvolvimento pessoal e empatia, competições e classificações são evitadas. Em vez, disso, os professores valorizam o desenvolvimento individual e o carácter. Os testes e classificações são apenas introduzidos lentamente aos estudantes mais velhos
quando se preparam para os exames de acesso à universidade.
Hoje, há mais de mil escolas Waldorf em 60 países, tornando-a um dos maiores movimentos educativos independentes. Waldorf é uma teoria educativa reconhecida na Europa e suas escolas têm recebido financiamentos dos Estados. A lista de pais "Waldorf" famosos, inclui Clint Eastwood, Lenny Kravitz, a família Forbes, e muitas famílias do setor tecnológico de Silicon Valey. Apesar da visão crítica de Steiner em relação à tecnologia e aos meios de comunicação de massas.
Steve Jobs, uma vez disse a um jornalista que lhe perguntou se os seus filhos gostaram do novo iPad "mas eles não o experimentaram, nós em casa limitamos o uso da tecnologia pelas crianças".
O aclamado psiquiatra William Glasser disse que aprendemos 10% do que lemos, 20% do que ouvimos, 30% do que vemos, mas 80% do que experimentamos!
Apesar da abordagem pouco tecnológica da Pedagogia Waldorf, o método de aprendizagem experimental da educação Waldorf é excepcionalmente contemporâneo. O que acha? Por favor partilhe a sua opinião nos comentários abaixo.»
Insistimos que é urgente e importante que as pessoas entendam que se come carne e proteína de origem animal demais. Em Portugal, e em muitos outros países, sobretudo da Europa, América e Oceania. Os efeitos deste excesso são nefastos, não só para a saúde, mas também para o ambiente, já para não falar no bem-estar animal, como várias vezes aqui se falou. Procurem saber, não vale enfiar a cabeça na areia!
A maior longevidade de vegetarianos e sobretudo de veganos, prova que não é necessário comer carne, peixe e alimentos de origem animal, desde que o regime alimentar seja equilibrado.
Além disso, nada impede uma pessoa omnívora de fazer uma maioria de refeições vegetarianas.
Os portugueses consomem 4,4 vezes mais carne, ovos e pescado que o necessário, o que prejudica a saúde, o ambiente e o orçamento familiar, alertaram hoje os ambientalistas da Zero, defendendo a opção por leguminosas.
Verificamos que os portugueses consomem 4,4 vezes acima daquilo que seria necessário deste componente, da carne, ovos e pescado", disse à agência Lusa Susana Fonseca, da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero.
Num ano, "devíamos consumir à volta de 33 quilogramas do conjunto de carne, ovos e pescado e estamos a consumir muito acima disso, cerca de 178 quilogramas, portanto 145 quilogramas a mais", avançou a especialista, e realçou que, na saúde, "o excesso de proteína causa vários problemas, e não é de todo benéfico em termos ambientais".
No final deste Ano Internacional das Leguminosas, e numa época festiva "que tende a propiciar exageros de alimentação", a Zero analisou as recomendações da Direção Geral de Saúde para o consumo de carne, ovos e pescado e comparou com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as quantidades destes produtos na alimentação dos portugueses.
"Para produzir uma quilocaloria de carne de vaca, por exemplo, precisamos de 174 quilocalorias", principalmente de alimentos para os animais, "o que é mais do que o necessário quando são consumidos alimentos vegetais e leguminosas", justificou Susana Fonseca.
Também no consumo de carne, o impacto em termos de consumo de água é 100 vezes superior àquele que é necessário para produzir leguminosas, além de implicar mais emissões de metano, um gás com efeito de estufa que agrava as alterações climáticas.
As leguminosas, como feijão, grão, lentilhas, favas ou ervilhas, fazem parte da dieta mediterrânica e da cultura gastronómica portuguesa, são, segundo a Zero, "uma excelente fonte de proteína e podem ser usadas como alternativa a este consumo de proteína animal".
Para o orçamento familiar, "fica mais caro [o uso de proteína animal], sabemos que a componente de proteína é das que acaba por ter mais peso" na despesa com a alimentação, especificou a especialista da Zero.
Assim, "estamos a desperdiçar dinheiro, estamos a consumir proteína que nos está a fazer mal, está a fazer mal ao ambiente e está a retirar-nos recursos financeiros", resumiu. ...»
«As “árvores bombeiras”, como já são conhecidas, ocupam menos de 2% da área florestal e cerca de 0,7% da área total de Portugal. Sobrevivem apenas em alguns últimos redutos dispersos.»
este é o lead do artigo de Carlos Dias, no jornal Público, de 20 de Outubro de 2016, intitulado:
É triste constatar esta realidade. Vivo no baixo Minho, onde ainda se vêem alguns carvalhais, pequenos e dispersos, mas os eucaliptos dominam por completo a paisagem "florestal" (entre aspas porque monocultura não é floresta). Mas, ainda assim, passei uns dias na região centro, e fiquei chocada: as serras e encostas que ladeiam o Mondego absolutamente revestidas a eucaliptais, e as margens dominadas pelas mimosas... dos autóctones bosques ripícolas e dos carvalhais de outrora, restam pequenos terrenos cuidados por alguém que os protege dos interesses económicos e das invasoras.
eucaliptais e mimosas junto ao Mondego, nov/2016
É muito triste (e preocupante) verificar a perda de biodiversidade que está a ocorrer no nosso país. Por um lado a "economia" do eucalipto, por outro lado o domínio das invasoras.
Por isso, dêem o vosso apoio a esta petição lançada pela Quercus, a ver se se consegue começar a proteger essa riqueza que são os carvalhais e toda a biodiversidade associada.
«A Quercus considera que é urgente a criação de legislação que proteja de forma eficaz os últimos exemplares e bosquetes destas espécies de Carvalhos autóctones. Estas espécies da flora autóctone portuguesa estão perfeitamente adaptadas ao nosso clima e às características dos nossos solos representando uma mais‐valia ambiental. Oferecem uma melhor qualidade do ar, preservação dos solos, recarga de aquíferos, estabilidade do clima, e na defesa da floresta contra os incêndios pela reconhecida resistência ao fogo e capacidade de regeneração.
A proteção destes Carvalhais irá refletir‐se ao nível da conservação da natureza, em particular pela capacidade de promover a diversidade da vegetação e fauna, estabelecendo um património natural e ambiental, que são a fonte de diferentes formas de vida essenciais e inteiramente imprescindível da riqueza do nosso país.
...
A Quercus apela a toda a comunidade para abraçar a causa da proteção dos Carvalhos e dos Carvalhais em Portugal para que se possa criar legislação que conduza à sua proteção efetiva e, que inclua a proibição do corte destas árvores sem licença expressa das autoridades competentes para o efeito, à semelhança do que já acontece para o sobreiro e para a azinheira.»
Escrevi este email à Directora Executiva da Fundação Manuela Silva
Vieira. Se de alguma forma entenderem que a largada de balões merece a
vossa atenção, e que gostariam de contribuir para sensibilizar a
Directora da Fundação, escrevam vocês também um email à Sra. Directora. manuelavieira@fundacaoaep.pt
"Viva Manuela Silva Vieira bom dia!
Tive conhecimento pela TSF que a Fundação lança esta tarde, no Porto,
meio milhão de balões.
Tenho empatia para com todas as questões
relacionadas com a criação de condições para o regresso dos emigrantes
que o desejem, e que só lá fora encontraram um rendimento que lhes
permite viver. Mas não posso deixar de lhe informar que os balões
largados por nós (Homo Sapiens Sapiens) têm um impacto ecológico
avassalador, não somos nós os únicos migrantes do planeta. Muitos
animais marinhos morrem engolindo os balões. Alguns deles já quase em
extinção.
Peço-lhe que suspenda a largada de balões, ou que a
torne apenas simbólica, que certamente iria amplificar ainda mais o
objetivo que pretendem. Peço-lhe que se informe devidamente do impacto
ambiental do que se estão a preparar para fazer, que contribua a
Fundação também para mostrar que o “Empresário” português já não é
aquele do passado, que faz o que lhe passa pela cabeça sem querer saber
das consequências dos seu actos. Certo que as minhas palavras irão merecer uma reflexão. Agradecido, Henrique Zamith"»
E já agora, o e-mail que adaptei e enviei também:
«Exma Sra Diretora Executiva da Fundação AEP D. Manuela Silva Vieira
Boa tarde Tive hoje conhecimento a Fundação AEP lança às 18h30, no Porto, meio milhão de balões. Independentemente do que motiva essa largada, dificilmente, senão impossível, a mesma será justificável.
Os
balões largados têm um impacto ecológico devastador, para além da
poluição terrestre e aquática, muitos, demasiados, animais marinhos e
aves, morrem por ingerirem ou por por outras lesões provocadas pelos
balões; alguns desses animais, estão mesmo em risco de extinção.
Assim, peço-lhe que se informe
devidamente do impacto ambiental dessa ação, e que suspenda a
largada de balões, mostrando que a Fundação AEP se preocupa também com a biodiversidade e o planeta que queremos deixar ás gerações vindouras.
"Todos os balões lançados, incluindo os que
são comercializado como "latex biodegradável", voltam para a Terra como
lixo e poluem os lugares mais remotos e intocados. Os balões podem
viajar milhares de quilómetros, chegam às linhas de água e ao mar,
matando inúmeros animais."
Nestes dias de dezembro 2016, e até ao dia 17, está a decorrer, no México, a Conferência da ONU sobre a Biodiversidade (COP13).
Estando a vida neste planeta na sexta extinção em massa, causada pela nossa espécie, era urgente que alguma coisa de eficaz saísse dessa conferência, já que é enorme o grau de perda de biodiversidade que verificamos atualmente em tantas partes do mundo:
as florestas da Indonésia a serem queimadas para plantar óleo de palma,
a Amazónia a ser destruída para plantar alimentos para a pecuária,
a sobrepesca a levar espécies de peixes e outros animais marinho à extinção,
o elevado teor de CO2 que acidifica os oceanos destruindo os corais e os ecossistemas de base que suportam,
e por aí fora...
Mas veremos... por agora, vejamos estes pequenos filmes sobre a importância da BIODIVERSIDADE, lançados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México (SEMARNAT) no âmbito desta conferência.
Depois de um passado quase perdido de sabedoria ancestral sobre as propriedades medicinais das plantas, felizmente há quem cuide de recuperar ou de confirmar esses saberes. É o caso da Fernanda Botelho, autora de vários livros sobre plantas medicinais, dos quais o mais recente fala de 55 plantas espontâneas em Portugal:
Sinopse (contra-capa do livro) : «Este livro não é apenas um guia prático e transpõe também as fronteiras que limitam os manuais técnicos. É verdade que identifica os constituintes químicos, bem como as propriedades e aplicações medicinais de 55 plantas, mas vai mais além, porque as quer retratar a partir de todas as perspetivas e em todos os contextos. Assim, a par de conselhos de cultivo e curiosidades botânicas, são-nos revelados os usos possíveis das várias espécies ao nível da culinária, da cosmética ou da tinturaria.Ao mesmo tempo, descobrimos o seu impacto cultural: as marcas que imprimiram na história dos homens, os mitos e as lendas de que são protagonistas. As imagens a cores, por sua vez, despertam-nos o olhar para as subtilezas presentes numa folha de milefólio em contraluz ou para os pormenores de um botão de esteva prestes a desabrochar. E, página a página, de uma forma quase íntima, aproximamo-nos de 55 plantas aqui unidas por um atributo comum: o facto de crescerem espontaneamente em Portugal.»
«A Fernanda Botelho tem o dom de transmitir os seus conhecimentos sobre plantas medicinais com uma simplicidade ímpar e só quem possui uma compreensão profunda sobre uma determinada temática o consegue fazer da forma brilhante que ela o faz.
Nesta obra, que contempla 55 espécies, a Fernanda deixa bem patente a sua familiaridade com cada uma delas. Sempre que a oiço falar de plantas, o entusiasmo vê-se-le nos olhos e sente-se nas palavras. Os conhecimentos que detém sobre espécies medicinais devem-se não só a uma formação académica sólida no Reino Unido, mas também a viagens por vários países e a um contacto direto com as plantas, que tem lugar no seu próprio jardim, bem como em diversas ações de divulgação de norte a sul de Portugal.
Neste livro, cada uma das plantas mencionadas é objeto de uma abordagem bastante completa e interessante, que contempla os seguintes itens: nomes comuns, nome científico, família botânica, história, descrição e habitat, constituintes e propriedades, no jardim ou na horta, culinária, cosmética e precauções. Os textos são acompanhados por fotografias representativas de cada espécie, da autoria da Fernanda.
Como investigadora no domínio das plantas medicinais e da validação científica dos seus usos tradicionais, recomendo vivamente a leitura desta obra magnífica, que nos conduz numa viagem fantástica por 55 espécies medicinais espontâneas que podemos encontrar no nosso país.»
Célia Cabral, doutorada em Biologia pela Universidade de Coimbra